O Comitê Gestor do IBS é um órgão criado pela Reforma Tributária para administrar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unifica tributos estaduais e municipais sobre o consumo. O IBS será arrecadado de forma centralizada, cabendo ao Comitê Gestor a gestão, fiscalização, arrecadação e distribuição das receitas entre estados e municípios.
Funções do Comitê Gestor do IBS
O Comitê Gestor terá as seguintes atribuições principais:
- Arrecadação centralizada: Coordenar a arrecadação do IBS em todo o território nacional, evitando a fragmentação dos procedimentos entre diferentes estados e municípios.
- Distribuição das receitas: Definir critérios e realizar a partilha dos recursos arrecadados, garantindo que cada ente federativo receba sua parcela de acordo com regras estabelecidas em lei.
- Fiscalização e controle: Monitorar o correto recolhimento do IBS, combater a sonegação e padronizar procedimentos fiscais.
- Regulamentação: Editar normas complementares para uniformizar a aplicação do IBS em todo o país, promovendo segurança jurídica para empresas e governos locais.
Papel do Comitê Gestor do IBS em projetos interestaduais
Em projetos interestaduais de infraestrutura ou prestação de serviços, o Comitê será fundamental para:
Evitar a bitributação e conflitos de competência
Ao centralizar a administração do IBS, o Comitê Gestor previne disputas entre estados sobre quem tem direito à arrecadação do imposto em operações que envolvem mais de um território. Isso reduz litígios e proporciona maior previsibilidade para empresas envolvidas em projetos interestaduais.Garantir a correta repartição de receitas
Projetos de infraestrutura que cruzam fronteiras estaduais terão o IBS arrecadado e repartido conforme critérios definidos pelo Comitê Gestor, respeitando a participação de cada estado e município envolvido. Isso assegura que todos os entes beneficiados pelo projeto recebam recursos proporcionais à sua participação.Uniformizar procedimentos fiscais
O Comitê Gestor padroniza as regras para emissão de documentos fiscais, apuração do imposto e aproveitamento de créditos, facilitando a gestão tributária de empresas que atuam em diferentes estados.Apoiar a solução de dúvidas e conflitos
Em caso de divergências ou questionamentos sobre a aplicação do IBS em operações interestaduais, o Comitê Gestor atua como instância de orientação e resolução, promovendo segurança jurídica.
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Vantagens para empresas e para o setor público
- Segurança jurídica: Empresas terão regras claras e uniformes para recolhimento do IBS em projetos interestaduais, reduzindo incertezas e custos com disputas fiscais.
- Redução da burocracia: A centralização dos procedimentos simplifica obrigações acessórias e facilita o cumprimento das exigências legais.
- Eficiência na arrecadação: O Comitê Gestor pode adotar sistemas eletrônicos integrados, agilizando a arrecadação e a distribuição dos recursos.
O papel estratégico do Comitê Gestor do IBS
O Comitê será peça-chave para a viabilização e sustentabilidade de projetos interestaduais, garantindo repartição equitativa de receitas, uniformidade de procedimentos e segurança jurídica para todos os envolvidos. Portanto, seu funcionamento eficiente é fundamental para o sucesso da Reforma Tributária e para o desenvolvimento de grandes projetos no Brasil.
FAQ – Perguntas Frequentes
- O Comitê Gestor do IBS substituirá as secretarias estaduais de Fazenda?
Não. As secretarias continuam existindo, mas a arrecadação e a gestão do IBS serão centralizadas no Comitê Gestor. - Como será feita a distribuição do IBS em projetos interestaduais?
A partilha seguirá critérios definidos em lei, levando em conta a participação de cada estado e município envolvido no projeto. - O Comitê Gestor pode resolver conflitos entre estados?
Sim. Ele terá competência para mediar e solucionar disputas relacionadas à arrecadação e à aplicação do IBS.